Neste episódio Dr. Fernando Lima recebe Dr. Gustavo Fonseca, diretor de programas do Global Environmental Facility!
Gustavo Fonseca é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade de Brasília, Mestre em Latin American Studies e Doutor em Wildlife and Range Sciences pela University of Florida. Sua tese de doutorado ganhou o prêmio Rodolpho von Ihering pela Sociedade Brasileira de Zoologia e o prêmio Oliver Austin concedido pela universidade da Florida a estudantes que demonstram excelência em pesquisa na área de ciências naturais.
Foi professor titular da Departamento de Zoologia da Universidade Federal de Minas Gerais, além de um dos idealizadores do Programa de Pós-Graduação em Ecologia Conservação e Manejo da UFMG e um dos fundadores da Fundação Biodiversitas. Possui ampla experiência nas áreas de Ecologia, Biogeografia, Zoologia Aplicada, Política Ambiental, Priorização de Investimentos em Conservação, Captação de Recursos e Financiamento de Projetos em Conservação e Desenvolvimento Sustentável.
A sua produção científica e técnica gerou mais de 170 publicações, incluindo várias publicadas nos periódicos Science, Nature, Proceedings of the Natural Academy of Sciences – PNAS e na Conservation Biology. Foi também agraciado com a Order of the Golden Ark pelo governo da Holanda, uma das mais importantes condecorações mundiais destinada àqueles que se destacam na defesa de ecossistemas terrestres.
Ele é diretor de Programas no Global Environment Facility, supervisionando o portfólio de investimentos em conservação da biodiversidade, na mitigação e adaptação a mudanças climáticas, conservação de recursos hídricos e águas internacionais, produtos químicos, uso e manejo sustentável da terra e investimentos no REDD+ (incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento pela redução de Emissões de gases de efeito estufa provenientes de desmatamento).
O Fundo Mundial para o Meio Ambiente
Em 1989 a França sugeriu que o Banco Mundial tivesse recursos adicionais para financiar projetos ambientais e ofereceu uma contribuição de 900 milhões de marcos por 3 anos. Em novembro de 1990 – com o desenvolvimento da proposta pelo banco mundial – 27 países aderiram e concordaram em estabelecer o Global Environmental Facility, com 1 bilhão de dólares para os 3 primeiros anos.
O objetivo deste recurso foi financiar países em desenvolvimento em quatro áreas: mudanças climáticas, biodiversidade, degradação da camada de ozônio e águas internacionais. A ideia era que estes países pudessem usar esse investimento nas ações de mitigação destas questões ambientais que de fato são de interesse global, sem ter que comprometer o seu próprio desenvolvimento econômico.
Após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento – a Rio -92 ou Eco-92 – o GEF deixou de ser um projeto do banco mundial e se tornou uma organização independente, embora ainda mantendo relações importantes com o banco. O GEF é hoje a principal instituição mundial na gestão de recursos para a implementação das convenções e protocolos estabelecidos pelas conferências das nações unidas. Desde então o GEF disponibilizou diretamente mais de 21 bilhões de dólares em financiamentos de projetos e mobilizou mais 114 bilhões com contrapartidas em mais de 5 mil projetos em 170 países. Com o programa de small grants (pequenos financiamentos) o GEF financiou mais de 25 mil organizações da sociedade civil em iniciativas comunitárias em 133 países.
Texto: Fernando Lima
Fonte: https://www.thegef.org/
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